A Secretaria Municipal de Saúde,
através do Programa Municipal de DST/AIDS, inicia na próxima terça-feira (26) a
campanha do Dia Mundial de Luta contra AIDS. Neste ano, a campanha irá focar o
público feminino, incentivando às mulheres o usarem a camisinhas. Para reforçar
o hábito, o Programa Municipal DST/AIDS preparou palestras, debates e capacitações
sobre o aumento do número de vítimas femininas da epidemia. As atividades
iniciam às 8h30 e seguem até às 17h, na sede da Associação Brasileira de
Odontologia (ABO).
De acordo com o coordenador do Programa
Municipal DST/AIDS, Diego Osmar Rodrigues, as palestras e as capacitações serão
destinadas para as profissionais que atuam nas unidades de saúde do município.
A campanha prossegue nos dias 27, 28, 29, com a campanha Ficando Sabendo no
Centro de Atenção á Saúde (CAS) Central, que realizará nestes dias testes
rápidos de HIV/Sífilis. As pessoas que quiserem fazer os testes devem comparecer
ao CAS Central, das 10h às 22h, com documento de identificação com foto em mãos.
O resultado sai em 20 minutos e é sigilosos e confidencial. As pessoas que
tiveram o teste positivado serão encaminhadas para os serviços de referência no
município, onde receberão orientações e tratamento adequado.
Neste ano, a campanha do Dia Mundial de
Luta contra a AIDS enfoca o tema “Quase metade das pessoas que vivem com AIDS
no mundo são mulheres, não é este tipo de igualdade que queremos! Proteja-se.
Use sempre camisinha – Essa história é você quem faz”. De acordo com Rodrigues,
a escolha do público feminino leva em conta os critérios epidemiológicos e
comportamentais da população. “No Brasil há uma epidemia estável e concentrada
em alguns subgrupos populacionais em situação de vulnerabilidade, como as
mulheres, por exemplo”, diz o coordenador.
De acordo com o último Boletim
Epidemiológico 2012, considerando os dados acumulados de 1980 a junho de 2012
no Brasil, foram notificados 656.701 casos de AIDS. Deste número, 64% eram do
público masculino e 35% do feminino. Apesar do número de homens infectados ser
ainda maior, a doença vem crescendo entre as mulheres. Há 28 anos, para cada 26
casos de AIDS em homens, era registrado apenas um entre as mulheres. Em 2011,
essa relação mudou: a cada 1,7 homens contaminados, uma mulher havia contraído
o vírus HIV. Em Ponta Grossa, a diferença é ainda menor, de 1,4 casos em homens
para 1 em mulheres. “A camisinha feminina deve ser sempre um hábito, possível
de ser seguido e que pode até melhorar a relação, desconstruindo o imaginário
popular de que fazer sexo sem camisinha é melhor”, diz Rodrigues.
Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Ponta Grossa