sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Educação ambiental: Mata do Uru inaugura programação de visitas

Cesar Augusto Lima Costa, gerente industrial da Posigraf; Lucas Guimarães, vice-presidente do Grupo Positivo; Leila Klenk, prefeita da Lapa; Carlos Amaral, presidente do Conselho Deliberativo da SPVS; Eliziane Gorniak, diretora do Instituto Positivo; e Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS.
O Instituto Positivo (IP) e a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) realizaram evento no último sábado (7) para marcar o início do Programa de Educação Ambiental na Reserva Mata do Uru. O evento contou com a presença de representantes da prefeitura da Lapa, do Grupo Positivo e da família Campanholo (proprietária da área).

Com cerca de 128 hectares, a Mata do Uru forma, ao lado dos quase 300 hectares do Parque Estadual do Monge, uma relevante área preservada de Floresta Araucária. Pioneiro no Programa Desmatamento Evitado, o Grupo Positivo, por meio do Instituto Positivo - IP, apoia a conservação da área por meio de parceria com a SPVS e os proprietários.

Adotada desde 2003, no ano de 2004, a propriedade se transformou em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e, desde o ano passado, passou a receber visitas agendadas em um piloto do Programa de Educação Ambiental, que é realizado pelo Instituto Positivo em parceria com a Universidade Positivo e SPVS. Em uma trilha de 653 metros com duração de aproximadamente 30 minutos, o passeio permite conhecer a fundo a Floresta com Araucária. A trilha foi adaptada para diferentes tipos de públicos e é realizada sob a supervisão de técnicos qualificados que explicam os detalhes e características da fauna e flora encontradas no local, tendo como objetivo a disseminação da educação para conservação da natureza.


Ao longo da trilha, há vários pontos indicados para paradas, que são usados para ensinamentos lúdicos, como o som das aves, a temperatura da floresta e detalhes da flora - é possível observar até mesmo árvores raras ou em algum nível de ameaça de extinção. Além da flora, no início das trilhas na "Calçada da Fauna", é possível observar as pegadas de alguns dos animais que ocorrem na Mata do Uru, como o cachorro-do-mato, gato-do-mato, puma, jaguatirica, entre vários outros.

"Nosso principal objetivo é que os jovens e as crianças se tornem multiplicadores do conhecimento aprendido no passeio. Estamos em um fragmento de Floresta de Araucária e esperamos que mais espaços como esse possam ser preservados a partir dessa experiência", afirma a bióloga e monitora da trilha Dayane May. Além disso, "a visita torna os visitantes multiplicadores da ideia da conservação da biodiversidade e também faz com que os outros proprietários de áreas naturais percebam como a conservação dos recursos naturais e os serviços ecossistêmicos são importantes para a sobrevivência de uma sociedade, reforça Natasha Choinski, técnica do Programa Desmatamento Evitado, da SPVS.

Por meio do site 
www.matadouru.com.br, é possível fazer um tour virtual no espaço e agendar visitas à propriedade - abertas tanto a crianças e adolescentes quanto para adultos da região de Curitiba e da Lapa.

Novo posicionamento
O projeto de Educação Ambiental da Mata do Uru vai ao encontro do novo posicionamento do Instituto Positivo. Desde o início do ano, o IP assume que a Educação - nos mais variados projetos e nuances - será o seu principal eixo de atuação. "Pensando em ampliar o impacto positivo e potencializar o retorno social de nossos projetos, acreditamos que devemos atuar na área em que o mantenedor do Instituto, o Grupo Positivo, tenha mais expertise", explica a diretora do IP, Eliziane Gorniak. "A decisão se baseou em reflexões e consultas públicas, pensando em um cenário favorável para o desenvolvimento de parcerias", ressalta.

O novo direcionamento do investimento social se voltou a ações sustentáveis e estruturantes que modifiquem a realidade social. "Acreditamos que os benefícios se tornam menos pontuais e de caráter assistencial. Ou seja, são mais duradouros e universais", opina Eliziane. Nesse contexto, a instituição vai atuar em três frentes específicas: Desenvolvimento da Gestão Municipal para a Educação, criando e dando suporte a métodos de cooperação entre municípios, seja com a gestão de arranjos ou a disseminação de informações sobre políticas educacionais para acesso público.

O segundo aspecto é a Produção e Disseminação de Conhecimento, focando na geração de acesso à informação sobre educação e políticas educacionais, como já acontece com o SalaMundo, um dos mais importantes encontros internacionais de educação. Por fim, o IP vai auxiliar na Mobilização Social Estruturada, direcionando seus esforços em favor da melhoria da educação com o Programa Positivo de Voluntariado, Programa Reserva Mata do Uru e Programa "O que você fez pelo planeta hoje".

Sobre o Instituto Positivo
Alinhado à estratégia de sustentabilidade e em consonância com a principal vocação do Grupo Positivo, o Instituto Positivo tem a Educação como foco prioritário. Ele articula e promove iniciativas que contribuam para o aumento da qualidade da educação básica do País, direcionando os seus investimentos para ações sustentáveis e estruturantes. O IP atua por meio de três frentes: Fortalecimento da Gestão Municipal para a Educação, Produção e Disseminação de Conhecimento e Mobilização Social Estruturada.

Sobre a SPVS
A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) é uma instituição brasileira, fundada em 1984, em Curitiba. É reconhecida como uma das organizações não-governamentais conservacionistas mais atuantes no Brasil. Uma das características mais acentuadas das atividades desenvolvidas pela SPVS diz respeito à inovação, como prática para incorporar valor às ações de conservação de natureza, estabelecer uma conceituação adequada sobre o tema e dar escala para uma agenda de iniciativas que hoje começam a ser incorporadas nos negócios e percebidas como essenciais às atividades econômicas e à qualidade de vida das pessoas.

Sobre o Programa Desmatamento Evitado

O Programa Desmatamento Evitado, anteriormente chamado de Programa de Adoção de Floresta com Araucária, é um exemplo de ação bem sucedida envolvendo a iniciativa privada para a conservação de áreas naturais ameaçadas. Iniciado em 2003, o Programa apresenta como principal objetivo a conservação dos últimos remanescentes em bom estado de conservação da Floresta com Araucária, estabelecendo um mecanismo de "adoção de áreas", em que a SPVS identifica e cadastra proprietários, os aproximando de empresas interessadas em apoiá-los, bem como a conservação dos remanescentes em suas propriedades. Em 2007, o Programa ganhou escala por meio de novas parcerias firmadas e, desde então, apresenta um resultado de mais de 4.500 hectares de remanescentes e cerca de 33 propriedades apoiadas - distribuídas nos três estados do sul do Brasil - viabilizadas pelo apoio de 17 instituições.

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