quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O sangue ainda corre na floresta: Dorothy Stang

Neste 12 de fevereiro, o assassinato de Dorothy Stang completa dez anos. Os culpados, entretanto, continuam à solta. Ao invés de triste exceção, a morte da missionária norte-americana é o retrato fiel da violência que assola comunidades rurais de todo o Brasil, em especial da Amazônia.

O círculo vicioso de mortes, impunidade e mais violência alimenta uma indústria que vem financiando há décadas o desmatamento da Amazônia. Não bastasse o horror da violência, as famílias que sobrevivem às ameaças e os parentes das vítimas assassinadas ainda têm que conviver com seus algozes livres.

As populações tradicionais da região vêm sendo exterminadas por motivos econômicos muito claros: sejam atividades ligadas ao agronegócio, grilagem de terras ou exploração ilegal de madeira.

De acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra, de 2005 a 2014, 325 pessoas foram assassinadas por conflitos agrários no Brasil.Mais da metade desses casos aconteceu na Amazônia Legal. Isso mostra que, uma década depois da morte de Dorothy Stang, o sangue continua a correr na floresta.

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