14 de
novembro, Dia Mundial do Diabetes, é um alerta para a doença que mata uma
pessoa a cada 7 segundos no mundo
Dra. Daniele Tokars Zaninellli, endocrinologista (Crédito: Divulgação) |
Com
números alarmantes, o diabetes registrou cerca de 4,9 milhões de mortes em
2014. Isso é mais do que as mortes causadas por HIV, malária e tuberculose
somadas no mesmo período. Ainda assim, muitos brasileiros não dão a devida
atenção para esse mal silencioso.
Estudos
sugerem um envolvimento da vitamina D na patogênese, na prevenção e no controle
do diabetes. Isso poderia ser explicado por ações no sistema imune, na secreção
de insulina, e na facilitação de sua ação no organismo.
A falta
da substância poderia dificultar o controle da glicemia (açúcar no sangue) em
pessoas com diabetes. Além disso, acredita-se que baixas concentrações de
vitamina D poderiam favorecer o aumento da massa gorda e, assim, aumentar a
probabilidade de obesidade - um dos principais fatores de risco que contribuem
para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
No
diabetes, a capacidade do organismo de converter o açúcar presente no sangue em
energia está comprometida. Esse processo é controlado pela insulina, hormônio
produzido pelo pâncreas.
No
diabetes tipo 2 pode haver comprometimento tanto da ação (resistência à
insulina) como da produção de insulina, o que leva ao aumento anormal e
progressivo dos níveis de glicemia, explica a endocrinologista do Hospital
VITA, Daniele Tokars Zaninelli.
Segundo
Daniele, o que diferencia o diabetes tipo 1 do tipo 2, é que no tipo 1 o
pâncreas deixa de produzir o hormônio num curto período de tempo, fazendo com
que o aumento do açúcar no sangue se desenvolva de forma abrupta e agressiva.
Quando a doença não é diagnosticada e tratada de forma adequada o organismo
produz as cetonas - substâncias derivadas do uso da gordura como fonte de
energia, já que o açúcar não pode ser utilizado devido à falta de insulina.
"Como não há qualquer produção do hormônio, a única forma de tratar o
diabetes tipo 1 é injetar insulina", explica a médica.
Com
relação ao uso da vitamina D na prevenção e no controle do diabetes, mais
estudos são necessários para comprovar sua ação e estabelecer as doses que
poderiam trazer benefícios, ressalta a especialista.
As mortes
ocasionadas pelo diabetes chegam a 3,2 milhões por ano no mundo. "O risco
de complicações aumenta quando a doença não é bem controlada. Quando os níveis
sanguíneos de glicose permanecem altos durante muito tempo, aumentam as chances
de surgirem problemas cardíacos e renais, assim como de perda visual e
amputação de membros", relata a especialista.
Diabetes:
Doença metabólica crônica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. O
distúrbio acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir a insulina em
quantidades suficientes para suprir as necessidades do organismo. A insulina
promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no
sangue possa penetrar nas células, para ser utilizado como fonte de energia.
Sintomas:
Vontade de urinar diversas vezes ao dia, fome frequente, sede constante e ou
perda de peso sem explicação. Podem ocorrer ainda fraqueza, mudanças de humor,
náuseas e vômitos.
14 de
novembro, Dia Mundial do Diabetes: Data criada em 1991 pela Federação
Internacional de Diabetes em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
como alerta ao aumento do número de casos no mundo. Tem como objetivo alertar e
informar a população sobre a necessidade de prevenção e chamar a atenção para o
tratamento adequado, com a finalidade de evitar complicações e melhorar a
qualidade de vida dos portadores e familiares.
A data de
14 de novembro foi escolhida devido ao nascimento de Frederick Banting, que
junto com Charles Best, foram os cientistas que descobriram a insulina em 1921.
Via Central Press