quarta-feira, 22 de abril de 2015

Escola municipal no Ceará é a primeira a receber cisterna no Semiárido

A escola municipal Furtado Leite, na comunidade Pereiros, em Nova Russas (CE), recebeu a primeira das 5 mil cisternas que serão construídas em escolas públicas rurais do Semiárido até 2016. O projeto é desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). 

As cisternas são construídas com placas de cimento e têm capacidade para armazenar 52 mil litros de água, captada da chuva ou mesmo fornecida por carros-pipa. A ação garante que a escola tenha água de qualidade e funcione normalmente, mesmo no período da estiagem. 



A coordenadora da escola Furtado Leite, Margarida Lopes de Souza, conta que, antes da cisterna, a situação era grave. “Fazíamos o impossível para ter água na caixa e não suspender as aulas”, disse. Segundo ela, agora a escola está preparada para conviver com a estiagem. “A nossa vida na escola mudou. Já está chovendo na região e temos água para abastecer a cisterna. Não vamos sofrer quando a secar chegar.” 



Segundo o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, “as cisternas ampliam o acesso à água no ambiente escolar, servindo para consumo e preparo dos alimentos servidos nas escolas. Quando não tem água na escola, as crianças voltam para suas casas. A cisterna transforma essa realidade e garante a frequência escolar, além da segurança alimentar.” 


Estão sendo investidos R$ 69 milhões no projeto. O valor para a construção de cada cisterna é de aproximadamente R$ 13 mil, que inclui ainda a implantação também de bomba elétrica e a compra de filtros de barro para utilização e tratamento da água coletada. A capacitação de gestores e professores para a gestão da água armazenada e sobre temas de convivência com o Semiárido a serem desenvolvidos com as crianças também faz parte do investimento. “A cisterna não é apenas uma instalação. É também uma ferramenta para educação. Diretores, professores, funcionários e alunos vão aprender a fazer a gestão da água, mostrando que é possível conviver com a estiagem”, ressaltou Campos.

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