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Comissão externa que trata da estiagem na
região ouviu ontem quinta-feira dois pesquisadores do governo. Uma das soluções
apontadas para lidar com o problema é a geração de energia solar a fim de criar
emprego e renda.
Parlamentares e especialistas ouvidos nesta
quinta-feira pela comissão externa que trata da seca no semiárido nordestino
foram unânimes ao afirmar que o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis
na região pode amenizar o sofrimento da população com a estiagem. Todos
concordam que a seca não se combate – uma vez que é efeito da falta de chuvas e
já é parte do clima regional. Ao contrário, se convive com ela, especialmente
em um local onde vivem 22 milhões de pessoas – ou 12% da população nacional.
Uma das possibilidades para a criação de
emprego e renda nos municípios do semiárido seria o aproveitamento do potencial
solar da região para geração de energia. A sugestão é do pesquisador Paulo
Nobre, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Eu vejo o Nordeste, no futuro, como um enorme
produtor e exportador de energia. É uma energia eterna, que é a energia do sol.
Ela pode ser aplicada tanto em grandes centrais como em cada telhado”, afirmou
Nobre. “De forma que o recurso possa ser usado para trazer água em tubo, não
água evaporando em canais abertos, e escolas para as novas gerações”.