O intraempreendedor é aquele que
está em constante observação em seu local de trabalho e nunca está
satisfeito, porque sempre acha que é possível encontrar uma maneira melhor de
fazer as coisas acontecerem. São através deles que as melhorias
ocorrem, os custos baixam e a qualidade melhora.
O desafio está em fazer
aumentar o número de colaboradores com este tipo de comportamento.
Podemos dizer que este
colaborador que sempre está buscando alternativas de melhorias é de fato um empreendedor.
De acordo com SCHUMPETER* "O empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica
existente graças à introdução no mercado de novos
produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de
novos recursos materiais e tecnologias”.
Para que esta cultura intraempreendedora
exista se faz necessário levar em consideração algumas variáveis fundamentais,
a começar pelo ambiente de trabalho do colaborador. Então, se uma
empresa gosta de levar os negócios com "mão de ferro", dificilmente
alcançará tal objetivo, pois se os colaboradores sentem-se pressionados, inibidos
por causa desta cultura inflexível, todos os esforços vão por água
abaixo.
O intraempreendedorismo em uma
empresa permite que surjam várias inovações de produtos/serviços capazes de manter
sua competitividade
no mercado. Esta cultura deve estar enraizada nos corações da alta gerência
para proporcionarem este ambiente flexível e adequado à inovação.
Há colaboradores que são
pró-ativos e outros que só trabalham à base do “empurrão”. Tenho sempre comigo
que “é melhor um doido pra segurar do que
um “burro” pra empurrar”.
Este “doido” normalmente
é àquele colaborador que está sempre se metendo no trabalho dos outros, dando
palpites, “mexericando” nos outros setores, enfim, aquele que vive perguntando
sobre tudo e todos na organização. Por que isso? Por que aquilo? Por que não
fazemos diferente? E inevitavelmente os demais colegas acabam desgostando deste
colaborador, isto quando a chefia não reage desta forma! O que é pior!
Este colaborador pró-ativo vendo
que a empresa não lhes dá o valor devido, o que ele faz? Pede demissão.
Geralmente são àqueles que passam por várias empresas em um curto espaço de
tempo e na maioria das vezes são vistos com maus olhos pelos recrutadores.
Se na empresa existir este tipo
de colaborador, aproveite o seu potencial e faça coaching com ele, pois, será
do tipo que aprende rápido e certamente fará as coisas acontecerem na empresa.
Lembre-se de reconhecê-lo, visto nem sempre estarem atrás de salários, mas sim
de reconhecimento.
As pessoas
que estão ingressando no mercado de trabalho, principalmente a juventude atual,
querem que seus esforços sejam reconhecidos ao mesmo tempo em que querem liberdade para
trabalhar. Eles são curiosos, indagadores e ansiosos, pois querem resultados
imediatos. Bem o perfil das empresas hoje. Querem soluções rápidas para seus
problemas.
Há dois lados que precisamos
compreender. O lado dos colaboradores que já estão na empresa há tempos, que
precisam ser desenvolvidos para estarem sempre abertos a aceitarem novas
sugestões, e do lado dos que ingressam.
Faz-se fundamental compreender
que há uma cultura instalada na organização e que as mudanças não ocorrem do
dia para noite. O “novato” deverá ter paciência, pois os “antigos” de casa
poderão olhá-lo como uma ameaça. Então é melhor conquistar a confiança deles
primeiro, antes de sugerir algo, senão vão criar barreiras e dizer: - “olha o tipo desse ai!? Chegou agora e já
quer ir na janelinha”!
Procuremos desenvolver nossos
colaboradores através de treinamentos, palestras e cursos para abrirem suas
mentes e a compreenderem que nem sempre estarão com a razão, por mais
experiência que tenham. Sempre há espaço para melhorias. Ao mesmo tempo os
novatos também precisam ser desenvolvidos quanto aos relacionamentos
interpessoais. Mesmo que tenham feito doutorado em Harvard, precisam
compreender que a cultura de uma empresa não se muda do dia para a noite e que
eles vão precisar do apoio dos colegas de trabalho para seus empreendimentos.
Com isto, os dissabores no
ambiente de trabalho, devido aos choques culturais, tendem a diminuírem ao
mesmo tempo em que se cria um ambiente propício ao desenvolvimento dos
intraempreendedores.
Bom final semana e boa sorte!
*Joseph Alois Schumpeter - foi um dos mais importantes
economistas da primeira metade do século XX e é também conhecido como o pai da
inovação.
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