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Dias atrás um amigo comentava que
quase foi vítima do golpe do falso sequestro. Alguém ligou afirmando que estava
em pose da sua filha mais velha, uma adolescente de 15 anos. A sua esposa
percebeu a gravidade da situação e decidiu ligar para o telefone celular da
jovem. Por sorte, ela estava bem e não corria nenhum perigo. O golpe não
funcionou porque a filha do casal foi localizada rapidamente. Nestes momentos,
a importância da comunicação fácil e imediata fica clara.
Recentemente, visitei o interior
de Inácio Martins, Itaiacoca, Guaragi, Uvaia, Socavão, Abapã e outras zonas
rurais. A falta de um serviço de telefonia celular é uma reclamação constante
dos moradores dessas localidades. Em alguns desses lugares, nem mesmo os
telefones públicos conseguem suprir a necessidade de comunicação. Há alguns
anos comecei a trabalhar para a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar
dessas pessoas.
Conversei com uma operadora de
telefonia celular operadora
sobre este assunto e tive o compromisso deles que todas as áreas rurais
do Paraná serão cobertas com telefonia móvel até dezembro de 2015. Além disso,
a mesma empresa venceu o leilão para explorar a tecnologia 4G no estado e uma
das exigências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é o atendimento
das zonas rurais. O lote adquirido por eles oferece uma faixa nacional de 2,5
gigahertz (GHz) para 4G e a faixa de 450 megahertz (MHz), voltada para a
internet móvel rural.
A tecnologia 4G melhora a
qualidade dos serviços de voz e banda larga prestados pelas operadoras. A velocidade
da internet 4G pode superar em dez vezes a média obtida atualmente com o 3G.
Vivemos um mundo extremamente
conectado. A tecnologia pode ser usada para tornar o nosso dia a dia mais ágil
e mais dinâmico. Acesso à telefonia celular e à tecnologia são itens
indispensáveis. Entretanto, as pessoas quem moram nas zonas rurais vivem em um
mundo quase à parte e não podem contar com nenhuma dessas facilidades. É
preciso coragem e determinação para olhar para as comunidades do interior e
proporcionar a esses locais os mesmos benefícios das regiões centrais.
Marcio Pauliki é formado em
administração pela UEPG, especialista em Gestão Empresarial pela FGV com cursos
de extensão em Administração e Marketing pela London University (Inglaterra) e
University of Berkeley (EUA).