terça-feira, 28 de outubro de 2014

Gestores da RMC discutem benefícios do Georreferenciamento na gestão pública

A Rede Regional de Cidades Digitais dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba realizou, na última segunda-feira (27), um encontro temático sobre aplicação do sistema de Georreferenciamento na gestão pública. O evento, promovido no auditório do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/PR), reuniu representantes de mais de 10 localidades e teve o objetivo de apresentar aos gestores a aplicabilidade e como a ferramenta pode impactar positivamente nos serviços públicos. A Rede Regional de Cidades Digitais da RMC é uma iniciativa da Rede Cidade Digital (RCD) e da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), com apoio do CAU e da prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria de Assuntos Metropolitanos (SMAM).

O agente de fiscalização e gerente técnico do Conselho e Arquitetura e Urbanismo, Walter Gustavo Linzmayer, afirma que com base nas Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) e Georreferenciamento, em tempo real, é possível solucionar distorções e criar oportunidades para suprir a demanda da sociedade, impulsionando o desenvolvimento econômico e social dos municípios. "O aplicativo permite cruzar e integrar informações relacionadas com dados geográficos resultando em mapas, relatórios e gráficos no planejamento estratégico. A fiscalização é online e trabalha em cooperação e parceria com outras entidades que possuem base em geoprocessamento".
Outro ponto reforçado por ele refere-se aos relatórios que podem gerar dados temáticos. "É esse tipo de ferramenta que permite que a gente faça muito com pouco recurso, dinamicidade, ganho e eficiência", afirma Linzmayer, acrescentando que o CAU tem a intenção de firmar acordos de cooperação com os municípios. "A gente pode passar informações em relação onde os profissionais estão executando as atividades com seus RRTs (Registro de Responsabilidade Técnica) e a gente espera que o município tenha a contrapartida de nos informar do correto ou do mau exercício da profissão", completa.
A principal base de informações utilizada no sistema de Georreferenciamento do Conselho vem, segundo o gerente técnico, das RRTs, complementadas com dados disponibilizados pelo IBGE, prefeituras, defesa civil, Ministério Público, associação comercial, entre outras entidades.
Administração pública - Pinhais é um exemplo de município que aplica o sistema GEO para tomada de decisão e realização de ações em diversas secretarias. De acordo com o coordenador de atividade técnica da Secretaria de Urbanismo de Pinhais, Rodrigo Lacerda Marques, a implantação do projeto depende das necessidades e objetivo de cada município. "O sistema se baseia em quatro itens básicos: infraestrutura, hardware, software e peopleware. Essa (última) é a parte mais cara e mais importante do sistema de GEO, precisa de conhecimento e atualização constante. É dedicação exclusiva. O mais importante é a continuidade. É uma ferramenta cara", destacou.
Lacerda também comentou sobre o Sistema Metropolitano de Informações Georreferenciadas (MetroGeo), que, segundo ele, busca o compartilhamento de informações entre os municípios participantes, unificando uma base cartográfica e um conjunto de informações em torno da malha viária, questões hídricas, entre outras.
Desdobramento - Durante o encontro desta segunda também foram identificadas diversas iniciativas na área de Georreferenciamento, como o MetroGeo citado acima, que podem ser potencializadas pela Rede de Cidades Digitais da RMC. "É preciso pensar e tratar regionalmente a questão do investimento em tecnologia para melhorar os serviços públicos. Como desdobramento deste encontro vamos articular entidades e prefeituras no processo para compartilhamento de experiências, dados, etc", frisou o diretor da RCD, José Marinho.
Para Marinho, 2015 será decisivo para os gestores que incluíram no plano de governo a implantação do Cidades Digitais. "Estas discussões sobre cidade digital são importantes para que os prefeitos possam implantar modelos de qualidade e que os administradores não tenham nenhum revés durante o processo", resumiu o diretor da RCD em referência às atividades da Rede Regional e também do Congresso Paranaense de Cidades Digitais, evento que será realizado em Foz do Iguaçu, dias 27 e 28 de novembro.

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